Profissionais do serviço realizam procedimento de reconstrução do anel pélvico em paciente vítima de acidente com motocicleta
No início deste mês, o Hospital Regional Inácio de Sá (HRIS), em Salgueiro, realizou um procedimento de reconstrução do anel pélvico em paciente, vítima de acidente com uso de motocicleta, com trauma de alta energia, caracterizada pela presença de lesões graves causadas por forças significativas, como acidentes de carro ou motociclísticos e quedas de grandes alturas. Esta foi a primeira vez que este tipo de intervenção cirúrgica foi realizado na unidade.
O procedimento, que durou 2 horas para ser realizado, objetiva evitar dores crônicas na pelve e permitir que o paciente retome suas atividades diárias com mais segurança e qualidade de vida. A intervenção cirúrgica foi conduzida pela equipe de ortopedia e traumatologia da unidade, representando um importante incremento na oferta de tratamento de traumas graves na região pélvica. O paciente, do sexo masculino, já recebeu alta hospitalar.
A partir de agora, esse tipo de procedimento passa a ser uma opção permanente dentro do rol de tratamento no HRIS, ampliando o acesso da população a tratamentos especializados sem a necessidade de deslocamento para centros de referência.
“Todo o procedimento foi realizado com sucesso graças ao comprometimento e à dedicação da equipe de ortopedia e traumatologia, além do apoio do centro cirúrgico, anestesia e enfermagem. Foi um trabalho integrado, mostrando que estamos preparados para oferecer um atendimento de alta complexidade aqui mesmo na nossa região”, destaca o médico ortopedista do HRIS, Samir Frazão.
O especialista também reforça que as fraturas do anel pélvico são pouco frequentes, porém são as únicas fraturas que por estarem relacionadas a grandes sangramentos retroperitoneais, podem levar a óbito logo após o trauma. “Atualmente, consegue-se uma redução rápida e eficaz das fraturas instáveis da pelve com a utilização de fixadores externos que permitem a mobilização precoce e estabilização imediata do paciente. Associado a isto, os Fundamentos Avançados na Conduta do Trauma (ATLS) e a melhoria nos sistemas de resgate de pacientes politraumatizados, promoveram uma diminuição da morbimortalidade provocadas por lesões pélvicas”, reforçou.