Pesquisadores da UPE desenvolvem protocolo de tratamento com luz LED para cicatrização da ferida de pé diabético
O ensaio clínico foi desenvolvido na UNIPECLIN do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC-UPE), com infra-estrutura e pessoal de apoio ao estudo, coordenado pelo Prof. Luciano Barreto.
Um estudo clínico, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Pernambuco (PPGCS-UPE), apresentou à sociedade um ensaio clínico, randomizado duplo cego placebo controlado, financiado pela empresa Beone technologies, com o uso da Fotobiomodulação LED por meio do equipamento ISIS. O dispositivo da empresa contou com a validação do protocolo de tratamento, resultado da tese de doutorado de Leandro Cruz, orientada pela Profa. Patrícia Moura, e co-orientado pelos professores Bruno de Melo Carvalho e Francisco Bandeira, docentes do Instituto de Ciência Biológicas e da Faculdade de Ciências Médicas, respectivamente, com a coordenação clínica da Dra. Taciana Belmont na Unidade de Pesquisa Clínica (UNIPECLIN) da UPE. O ensaio clínico foi desenvolvido na UNIPECLIN do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC-UPE), com infra-estrutura e pessoal de apoio ao estudo, coordenado pelo Prof. Luciano Barreto.
“Na pesquisa, tivemos o objetivo provar que a fotobiomodulação, utilizando comprimentos de ondas específicas em protocolos de atendimento, pode acelerar o processo cicatricial favorecendo processos de angiogênese, proliferação e diferenciação celular, induzidos por modulação na expressão de genes envolvidos na cicatrização, para isso utilizamos a combinação de luzes/LED nos espectros azul e vermelho”, pontuou a Profa. Patrícia Moura.
A pesquisa de doutorado do Enfermeiro e Mestre em Biologia Celular e Molecular, Leandro Cruz, buscou identificar como o polimorfismos de um gene, responsável pela modulação da imunidade natural, influencia o curso do processo cicatricial e a ocorrência de eventos como a infecção. “Com o desenvolvimento do estudo haverá um impacto significativo na redução da taxa de internação e permanência hospitalar, diminuição de procedimentos como a amputações, redução de incidência de sepse e outros eventos potencialmente fatais associados às úlceras de pé diabético. O estudo molecular fornecerá informações relevantes acerca da compreensão dos mecanismos moleculares e celulares, relevantes para adoção de estratégias terapêuticas eficazes”, informou o pesquisador Leandro Cruz.
Com o desenvolvimento da pesquisa e do dispositivo, o grupo tem obtido resultados significativos, avanços com a terapia e com a redução de eventos graves, como internações hospitalares e amputações de membros. O projeto conta com a aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a colaboração de docentes do Instituto de Ciências Biológicas e da empresa Beone Technologies.
