As escolas indígenas têm autonomia para estabelecer seus próprios modelos de gestão, contribuindo para a afirmação de suas identidades e a continuidade de seus projetos socioculturais.
A Secretaria Estadual de Educação (SEE), por meio da sua Gerência de Educação Escolar Indígena (GEEIN), realizou o primeiro encontro do estado para discutir o modelo de gestão das escolas indígenas de Pernambuco. O evento aconteceu entre esta terça (30) e quinta-feira (2), em Pesqueira, no Agreste, e reuniu cerca de 150 participantes, que apresentaram, discutiram e compararam os modelos de gestão das escolas indígenas de cada povo.
“Esse encontro representa uma oportunidade das escolas indígenas do estado apresentarem seus modelos e suas formas próprias de fazer gestão. Vale salientar que cada organização educacional distribuída nos territórios tem sua forma própria de se organizar. É muito importante esse encontro entre as lideranças das escolas indígenas, representantes das Gerências Regionais e outros setores da SEE”, diz Valdemir Lisboa, gestor de Educação Escolar Indígena.
As escolas indígenas têm autonomia para estabelecer seus próprios modelos de gestão, contribuindo para a afirmação de suas identidades e a continuidade de seus projetos socioculturais. Dessa forma, elas preservam a capacidade de tomar decisões sobre seus currículos, métodos de ensino e organização interna, de acordo com as necessidades e especificidades de suas comunidades.
A programação do encontro contou com um momento de apresentação sobre o histórico da Educação Escolar Indígena e sua legislação específica, uma discussão sobre a concepção de modelo de gestão e sobre o modo de fazer gestão escolar na Rede Estadual. Por fim, houve a proposição de um grupo de trabalho entre o Estado e a Comissão de Professoras/es Indígenas em Pernambuco (Copipe) para produção de documentos estruturantes para o modelo de gestão das escolas indígenas.